23 de novembro de 2024
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Se com jeito e cintura política, o ex-juiz Sérgio Moro seria a bola da vez nessa eleição para a Presidência da República, em 2022.

Por conta de dois seguidos revezes: o ‘nem te ligo’ de Bolsonaro, por quem largou carreira [brilhante] no judiciário, e agora a decisão de Fachin, ao devolver “título de eleitor” a Lula, exatamente aquele homem levado à cadeia por roubar o país.

O que, inegavelmente, ainda irrita e revolta o povo, ressentido por ter sido enganado por aquele político em quem apostou todas as suas fichas.

Porque para o povo, nem tão bem informado, pouco importa, pela via legal, a quem cabe o bater do martelo jurídico quando se trata de punir aquela pessoa que, pregando moralidade, o enganou a vida inteira.

Aliás, no caso de Lula, para o povo, roubado, ao invés dos trâmites jurídicos [não era da competência do ex-juiz Moro aquele processo do sitio de Atibaia e apto no Guajurá], talvez valha bem mais aquela lenda de Robin Hood, segundo a qual ele (Robin) “roubava  dos ricos para ajudar os pobres”  –Moro pulou por cima da lei para prender o bandido. Ou seja, ‘bota logo o Lula na cadeia’ porque ele e quadrilha estão roubando o povo!

Não que Moro tenha agido ingênuamente, como se não conhecesse o seu limite de competência, encurtando caminhos, indo às extravagâncias jurídicas, ou até mesmo forjando provas para justificar medidas extremas, por ter de cortar o mal pela raiz. Não poderia e nem pode fazer. Ninguém está acima da lei —-pelo menos é o que todos pregam, né?. Diferentemente da prática.

Mas, a par ou não da lei,  o ex-juiz Moro, certo ou errado, fez tudo isso, inclusive impedindo que Lula se tornasse candidato em 18. E, ainda, como causa e efeito, recuperou bilhões de reais roubados dos cofres públicos —via Petrobras, mais precisamente.

E o povo, com elogios e louvores, aplaudiu de pé!

Tardiamente, o ministro Fachin (STF), que também, à época, assinou embaixo desse papelório todo, estranhamente, e sem poder alegar ignorância, só agora veio enxergar esse desacerto 5 anos ou mais depois de tudo consumado.

Lula está elegível. E o país, já a caminho das 3 mil mortes por covid, para tudo pra discutir sobre o futuro político dele [Lula].

‘Então, nos vemos no pódio’, apostam poderosos, para os quais vidas perdidas não importam.

Logo , doravante, não duvide mais: no Brasil de hoje em dia ‘poste já mija, sim, em cachorro.

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