22 de novembro de 2024
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A diretora presidente da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Patrícia Brito, contestou na manhã desta terça-feira, 27, durante entrevista ao programa Luiz Melo Entrevista, na Diário 90,9FM, os números da pesquisa realizada pelo Sistema Nacional de Informações de Saneamento Básico do Ministério das Cidades, que aponta uma taxa de 76,5% de desperdício da água tratada distribuída pela companhia.
Patrícia reconhece o volume de perda, mas diz que os dados divulgados não são exatos, pois a companhia não tem como medir corretamente o volume da água consumida pela população.

De acordo com a presidente, só será possível fazer um levantamento correto desse desperdício quando a estatal tiver macro medidores suficientes para calcular o volume preciso da água captada, tratada e distribuída pela empresa. “Ainda não temos como precisar o real volume de água consumido pela população, então essa pesquisa apresenta apenas um valor estimado”, explicou.

Segundo a diretora, além de combater as perdas físicas, como vazamentos, por exemplo, a meta da nova direção da Caesa é reduzir também a perda comercial causada pelo uso clandestino e a desatualização cadastral dos consumidores na categoria do cliente dentro do banco de dados da empresa. “Nossa última atualização cadastral ocorreu em 1999/2000. Em muitos casos, onde não há hidrômetros, cobramos a taxa residencial, quando na verdade o proprietário já construiu até um prédio”, explicou a presidente.

Patrícia destaca que tratar a água do Rio Amazonas e deixá-la em ponto de consumo é extremamente caro e requer a utilização de produtos químicos. “Todos os meses a Caesa gasta pelo menos R$ 1,5 milhões para o tratamento dessa água, então precisamos ter o controle exato de consumo para evitar desperdícios”, disse.

A intenção também é retomar as obras de expansão da rede de distribuição com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). As obras do PAC 1 estão paralisadas há 2 anos, o que inviabiliza a captação de recursos do PAC 2. “Essas obras envolvem a instalação dos novos hidrômetros e a compra dos macro medidores para aí sim podermos fazer todo um levantamento do consumo e desperdício real no Estado”, garantiu a diretora.

Uma das maiores causas desse desperdício são as ligações clandestinas nas áreas de ressaca. “Em boa parte desses locais existe ligações que foram feitas pela Caesa, mas as condições dessas áreas faz com que surjam vazamentos em número elevado. Os próprios moradores quebram essas tubulações, causando prejuízos incalculáveis ao erário. O reflexo disso é a falta do líquido nas torneiras de vários bairros, mas vamos trabalhar para resolver esse problema”,concluiu.

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